(Ficção)
Me
arrumei, vesti aquele vestido que você mais gostava, passei o mesmo perfume de
quando nos esbarramos nessas ruas agitadas de São Paulo. Era incrível que
depois de tanto tempo você ainda me fazia sentir uma boba.
Ignorei
broncas e gritos... Desci as escadas.
Lá
estava você, com um enorme sorriso no rosto e com aquela mesma jaqueta de couro preta que você
usou quando nos beijamos pela primeira vez. Era tudo tão bom. A forma em que
você me acompanhava com os olhos a cada passo que eu dava para chegar mais
perto era quase um “eu te amo”, e a forma em que você ria ao escutar algo de bobo nas minhas palavras era melhor ainda.
Caminhamos,
sem ao certo pra onde ir... Conversas e segredos eram o que mais nos faziam
rir, e eu sutilmente observava o seu sorriso, sem que você percebesse. Enfim,
chegamos.
Num
lugar onde não sabíamos ao certo onde era, e o porquê estávamos lá. Só sabíamos
de uma coisa: aquele lugar era perfeito para recomeçar tudo o que acabou com ressentimentos de arrependimento, e que naquela hora, já nem fazia mais sentido pra mim.
Era
ali. Agora.
Era
incrível como os seus olhos combinavam exatamente com os meus, sua mão
combinava perfeitamente com a minha cintura... Sua boca parecia tão mais rosada
daquele ângulo, e seu perfume parecia tão mais forte, ou você estava perto
demais. Tão perto a ponto de minhas pernas ficarem bambas e minhas bochechas
vermelhas.
Você
gostava disso, e eu... Mais ainda.
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